O MOTIVO DE TODO ESSE MAL

O MOTIVO DE TODO ESSE MAL
O MOTIVO DE TODO ESSE MAL

ORAÇÃO DA SERENIDADE

"Deus, conceda-me Serenidade para aceitar as coisas que não posso modificar, Coragem para modificar aquelas que posso e Sabedoria para reconhecer a diferença, Só por Hoje, Funciona."

"EU ME ABRAÇO A VOCÊS E UNO O MEU CORAÇÃO AO SEUS PARA QUE JUNTOS POSSAMOS FAZER TUDO AQUILO QUE SOZINHO NÃO CONSIGO"

sexta-feira, setembro 16, 2011

"Diversos depoimentos - O mesmo Problema"

“Sou um alcoólatra. Comecei a beber com 13 anos, mas adquiri o vício com mais ou menos 16 anos. Logo, minha mãe percebeu o vício e tentou me ajudar levando ao AA (Alcoólatras Anônimos). No início, estava com medo. Não sabia com era. Após três meses de tratamento, acreditei estar curado e pensei que já poderia voltar a beber socialmente com amigos. Estava enganado. Tive uma recaída, voltei ao tratamento e descobri que o alcoolismo não tem cura. Tenho 23 anos e já fazem 6 que não bebo bebidas alcoólicas. Hoje, estou com minha família formada, esposa e filha, tenho um emprego, sou voluntário do AA de minha cidade e amo minha vida. Espero que possa ajudar alguém com meu depoimento. Obrigado.”

“Alexandre Costa, 15 anos, afirma ter começado a beber com 14 anos apenas por curiosidade. O adolescente comenta que acredita que os amigos possam ter o influenciado a entrar nesse mundo e ainda ressalta que apesar de não consumir cerveja, costuma beber batidas e vodcas. “Costumo beber em casas noturnas e em casas de amigos” diz. “Já cheguei a ficar bêbado várias vezes. Em uma delas, não me lembrei do que havia feito. Apenas me recordo de ter passado mal. Mas em todas as outras vezes eu me lembro bem.” Alexandre ainda afirma que no dia posterior ao que ficou bêbado, sentiu tontura, dores de cabeça e no estômago mesmo sem se lembrar muito bem do acontecido. “Nunca desmaiei, nem tive passagens pelo hospital” ressalta”.

“Júlio Rodrigues está com 18 anos e também passou por situações semelhantes à de Alexandre. O jovem costuma beber desde os 15 anos e ressalta que seu primeiro contato com o álcool aconteceu para tornar-se mais sociável com as garotas. Júlio ainda afirma que não recebeu influências, mas sempre teve certa curiosidade em experimentar bebidas alcoólicas. O jovem comenta que costuma ingerir bebidas variadas, como menina veneno, caipirinha, cuba e vinho, em locais como casas noturnas, clubes e até em motéis. “Comecei a beber fora de casa. Lembro que a primeira bebida que coloquei na boca foi mijo de égua (Fanta® com vodca)” afirma . “Minha mãe sempre soube. Ela me diz para não exagerar para não ter que me ver muito bêbado algum dia. Caso contrário, ela até me ameaçou desconsiderar. Sempre penso nela antes de beber muito.” Júlio ainda ressalta que bebe exageradamente durantes as sextas e aos fins-de-semana e nos dias restantes sempre costuma beber em doses menos elevadas. Ainda afirma que nunca desmaiou ou teve que ir até o hospital, mas já passou por situações constrangedoras causadas pelo álcool como entrar em banheiro errado, urinar em si próprio, cumprimentar alguém acreditando ser outra pessoa, envolver-se em brigas, etc”.

Comentário Davi Palante: Sou um adicto em recuperação e percebo que em todas as  situações citadas acima tem um causador de problemas "o Álcool - bebidas alcoólicas". 

Quando uma substância enjerida começa a trazer problemas para o seu dia-dia ou criar situações onde você nem lembra do acontecido, é preciso uma atenção redobrada. falo por minha experiência de vida, sempre achei que não pegava nada, que foi só aquele dia...mas a realidade foi outra para mim. Não consegui me desvincular desse hábito, bebia quase todos os dias até conhecer a 1ª droga proibida "Maconha", depois a cocaína e assim por diante até o crack!!! Só estou tentando passar a minha experiência de vida com o Álcool, não estou dizendo que os depoimentos são de adictos ou dependentes, mas que foi por esse caminho que minha história começou.....

Desejo muita sorte e paz a todos e que cada um faça sua história mas com certeza espero que seja diferente da minha..............

sábado, agosto 20, 2011

"SOFRE QUEM QUER"



Olá Amigos e Leitores!

Meu nome é Davi Palante e eu sou um dependente químico (adicto) em recuperação e estou limpo a 6 anos 8 meses e 18 dias “só por hoje”. E isso pode acreditar, não foi nada fácil....

Mas como conseguir largar o CRACK, A COCAÍNA, EXTASY E TUDO AQUILO QUE MUDAVA MEU CONSCIENTE PARA O MUNDO PARALELO DA ILUSÃO, DESONESTIDADE E MENTIRA.

Foi difícil aceitar que era um dependente químico! Que não tinha controle referente a droga e que ela sim tinha domínio total em minha vida. Não sou diferente de nenhum outro adicto, tive as mesmas experiência e perdas. Porém fui forte o suficiente para aceitar a derrota.

PERDI PARA AS DROGAS – E PERDI FEIO!!! Me tornei uma pessoa bem diferente da que eu era antes de dar a 1ª tragada na Maconha!!!

Aceitei a derrota fazendo a coisa certa! Pedi ajuda , algo que parecia tão difícil ficou tão fácil, pois não agüentava mas sofrer e me desapontar e o mais valioso para mim, queria parar de fazer os outros sofrerem. Eu sei quantos problemas trouxe para casa e família.

Com esse “DESEJO” cada vez mais forte na minha cabeça, consegui criar forças e laços com a recuperação, a cada dia era e é uma vitória um “milagre”, tenho desfrutado momentos maravilhosos e com muitas conquistas. Minha vida não mudou da água para o Vinho e sim do Vinho para a Água... Cresci profissionalmente e hoje tenho maturidade suficiente para sustentar minha esposa e meus dois filhos, poder desfrutar de um jantar, um passeio ou uma viagem. Ainda não fiquei rico.....Mas hoje sou um cara muito feliz!!!!

Ficou claro que só depende de mim. Só por hoje quero ser responsável com meus compromissos, não quero me desapontar e nem aos meus familiares.

HOJE ESSA É A MINHA ESCOLHA – “SOFRER PARA QUE” existe uma saída, para mim foi pedir ajuda e deixar ser ajudado.

Obrigado por continuarem voltando, desejo a todos ótimas 24 horas só por hoje.

Funciona....

sexta-feira, agosto 05, 2011

" DESABAFO"




Eis aqui um testemunho autêntico. Meu nome é Patrícia, tenho 17 anos, e encontro-me no momento quase sem forças, mas pedi para a enfermeira Dane minha amiga escrever esta

carta que será endereçada aos jovens de todo o Brasil, antes que seja tarde demais:

Eu era uma jovem ’sarada’, criada em uma excelente família de classe média alta Florianópolis.

Meu pai é Engenheiro Eletrônico de uma grande estatal e procurou sempre para mim e para meus dois irmãos dar tudo de bom e o que tem e melhor, inclusive liberdade que eu nunca soube aproveitar.

Aos 13 anos participei e ganhei um concurso para modelo e manequim para a Agência Kasting e fui até o final do concurso que selecionou as novas Paquitas do programa da Xuxa. Fui também selecionada para fazer um Book na Agência Elite em São Paulo. Sempre me destaquei pela minha beleza física, chamava a atenção por onde passava. Estudava no melhor colégio de ‘Floripa’, Coração de Jesus. Tinha todos os garotos do colégio aos meus pés.

Nos finais de semana freqüentava shopping, praias, cinema, curtia com minhas amigas tudo o que a vida tinha de melhor a oferecer às pessoas saradas, física e mentalmente. Porém, como a vida nos prega algumas peças, o meu destino começou a mudar em outubro de 1994. Fui com uma turma de amigos para a OKTOBERFEST em Blumenau. Os meus pais confiavam em mim e me liberaram sem mais apego.

Em Blumenau, achei tudo legal, fizemos um esquenta no ‘Bude’, famoso barzinho na Rua XV.

À noite fomos ao ‘PROEB’ e no ‘Pavilhão Galego’ tinha um show maneiro da Banda Cavalinho Branco. Aquela movimentação de gente era trimaneira”. Eu já tinha experimentado algumas bebidas, tomava escondido da minha mãe o Licor Amarula, mas nunca tinha ficado bêbada. Na quinta feira, primeiro dia e OKTOBER, tomei o meu primeiro porre de CHOPP. Que sensação legal curti a noite inteira ‘doidona’, beijei uns 10 carinhas, inclusive minhas amigas colocavam o CHOPP numa mamadeira misturado com guaraná para enganar os ‘meganha’, porque menor não podia beber; mas a gente bebeu a noite inteira e os otários’ não percebiam. Lá pelas 4h da manhã, fui levada ao Posto Médico, quase em coma alcoólico, numa maca dos Bombeiros.

Deram-me umas injeções de glicose para melhorar. Quando fui ao apartamento quase ‘vomitei as tripas’, mas o meu grito de liberdade estava dado. No dia seguinte aquela dor de cabeça horrível, um mal estar daqueles como tensão pré-menstrual. No sábado conhecemos uma galera de S. Paulo, que alugaram um ap’ no mesmo prédio. Nem imaginava que naquele dia eu estava

sendo apresentada ao meu futuro assassino.

Bebi um pouco no sábado, a festa não estava legal, mas lá pelas 5:30 h da manhã fomos ao ‘ap’ dos garotos para curtir o restante da noite. Rolou de tudo e fui apresentada ao famoso baseado’Cigarro de Maconha’, que me ofereceram.. No começo resisti, mas chamaram a

gente de ‘Catarina careta’, mexeram com nossos brios e acabamos experimentando.

Fiquei com uma sensação esquisita, de baixo astral, mas no dia seguinte antes de ir embora experimentei novamente. O garoto mais velho da turma o ‘Marcos’, fazia carreirinho e cheirava um pó branco que descobri ser cocaína. Ofereceram-me, mas não tive coragem naquele dia.

Retornamos a ‘Floripa’ mas percebi que alguma coisa tinha mudado, eu sentia a necessidade de buscar novas experiências, e não demorou muito para eu novamente deparar-me com meu assassino ‘DRUGS’. Aos poucos, meus melhores amigos foram se afastando quando comecei a me envolver com uma galera da pesada, e sem perceber, eu já era uma dependente química, a partir do momento que a droga começou a fazer parte do meu cotidiano. Fiz viagens

alucinantes, fumei maconha misturada com esterco de cavalo,experimentei cocaína misturada com um monte de porcaria. Eu e a galera descobrimos que misturando cocaína com sangue

o efeito dela ficava mais forte, e aos poucos não compartilhávamos a seringa e sim, o sangue que cada um cedia para diluir o pó. No início a minha mesada cobria os meus custos com as malditas, porque a galera repartia e o preço era acessível. Comecei a comprar a ‘branca’

a R$ 7,00 o grama, mas não demorou muito para conseguir somente a R$ 15,00 a boa, e eu precisava no mínimo 5 doses diárias. Saía na sexta-feira e retornava aos domingos com meus ‘novos amigos’. Às vezes a gente conseguia o ‘extasy’, dançávamos nos ‘Points’ a noite

inteira e depois… farra! O meu comportamento tinha mudado em casa, meus pais perceberam, mas no início eu disfarçava e dizia que eles não tinham nada a ver com a minha vida…

Comecei a roubar em casa pequenas coisas para vender ou trocar por drogas… Aos poucos o dinheiro foi faltando e para conseguir grana fazia programas com uns velhos que pagavam bem. Sentia nojo de vender o meu corpo, mas era necessário para conseguir dinheiro. Aos poucos toda a minha família foi se desestruturando.


Fui internada diversas vezes em Clínicas de Recuperação. Meus pais, sempre com muito amor, gastavam fortunas para tentar reverter o quadro.. Quando eu saía da Clínica agüentava alguns dias, mas logo estava me picando novamente. Abandonei tudo: escola, bons amigos e família.


Em dezembro de 1997 a minha sentença de morte foi decretada; descobri que havia contraído o vírus da AIDS, não sei se me picando, ou através de relações sexuais muitas vezes sem camisinha. Devo ter passado o vírus a um montão de gente, porque os homens pagavam mais para transar sem camisinha. Aos poucos os meus valores, que só agora reconheço, foram acabando, família,amigos, pais, religião, Deus, até Deus, tudo me parecia ridículo. Meu

pai e minha mãe fizeram tudo, por isso nunca vou deixar de amá-los. Eles me deram o bem mais precioso que é a vida e eu a joguei pelo ralo. Estou internada, com 24 kg , horrível, não quero receber visitas porque não podem me ver assim, não sei até quando sobrevivo, mas do fundo do

coração peço aos jovens que não entrem nessa viagem maluca… Você com certeza vai se arrepender assim como eu, mas percebo que é tarde demais pra mim.


OBS.: Patrícia encontrava-se internada no Hospital Universitário de Florianópolis e a enfermeira Danelise, que cuidava de Patrícia, veio a comunicar que Patrícia veio a falecer 14 horas mais tarde depois que escreveram essa carta, de parada cardíaca respiratória em conseqüência da AIDS.


Espero que depois de terem lido esse depoimento todos que visitarem o blog e lerem esta matéria pensem muito bem antes de experimentar qualquer droga,ou se alguem visitar o blog e for usuário que leia e sirva de lição pra pararem de vez com essa burrada que é usar droga!!

segunda-feira, julho 18, 2011

"Vários Depoimentos"


Apagão ao volante


Egberto Nogueira

"A ficha caiu quando sofri um acidente de carro. Estava virada, sem dormir, fazia quatro dias. Peguei o carro para ir comprar crack, mas não andei nem 100 metros e sofri um apagão. Dormi ao volante. Fiquei cinqüenta dias com os dois braços enfaixados e o rosto cheio de feridas por causa dos estilhaços do vidro. Já havia sido internada algumas vezes, mas sempre soube que voltaria à droga. Fazia meus pais pagar minhas dívidas dizendo que, do contrário, seria morta pelos traficantes. Em troca, eu ficava um tempo na clínica de recuperação. De uma delas, fugi pulando o portão. Com o acidente, percebi que tinha de me livrar daquilo. Agora estudo, luto para recuperar a guarda dos meus filhos e quero montar um grupo de apoio só para mulheres dependentes. Elas precisam perder o medo de procurar ajuda."
M., 31 anos, estudante de psicologia de São Paulo, livre do crack desde 2005

O salário virou fumaça

Leo Caldas/Titular

 "Ainda hoje tenho pesadelos nos quais estou fumando crack. Acordo assustado e com raiva de mim mesmo. Não quero passar por aquilo de novo. Na fase pior, gastava todo o meu salário com a droga. Eu, que sempre ganhei tudo do bom e do melhor de meus pais, cheguei a roubar as coisas de casa para fumar crack. Vendi até Tupperware em troca de pedras. Quando meu pai disse que não me queria mais em casa, decidi pedir ajuda. Fiquei mais de um ano numa clínica de recuperação. Nesse tempo, percebi que o meu maior vício não eram as drogas, e sim pensar só em mim. Para me livrar do crack, tive de virar outra pessoa. Hoje, penso que o meu crescimento pessoal só é relevante se eu ajudar os outros a crescer. Consegui, assim, voltar para a casa dos meus pais, para o meu trabalho e estou namorando firme. Aos poucos, reponho os aparelhos eletrônicos que tirei de casa."
Fabio Bakun Nóbrega de Albuquerque, representante comercial do Recife, 29 anos, em abstinência desde 2006

Choro e desespero

Egberto Nogueira

"O conjunto de som e DVD do meu carro valia 7 000 reais. Um dia, troquei-o por 300 reais de crack. Como minha família é de classe média alta, não precisei fazer dívidas quando me enterrei nessa droga, mas roubei CDs, filmadora, todos os eletrônicos de casa. Quando você está louco de crack, não se importa com nada disso. O que importava era sair correndo para comprar pedra. Até essa época, eu nunca tinha visto meu pai chorar. Uma noite, quando cheguei transtornado em casa, ele me chamou num canto e desabou no choro. Perguntava: ‘O que eu preciso fazer pra você parar com isso?’. Foi ali que decidi parar de usar crack. Tive de romper com todos os amigos que me levavam à droga e passei quase um ano inteiro indo à faculdade e voltando para casa sem olhar para os lados. Hoje, eu e meu pai, que também é dentista, trabalhamos juntos no mesmo consultório."
C., dentista de São Paulo, 25 anos, livre da droga há três

Sem droga e sem crédito

Egberto Nogueira

"Meu sonho sempre foi trabalhar na empresa do meu pai, uma metalúrgica no interior de São Paulo que ele fundou há quarenta anos. Mas, quando cursava a faculdade de administração, comecei a cheirar muita cocaína. Ao conhecer o crack, foi amor à primeira vista. Quando minha família começou a controlar meu dinheiro, evitando que eu comprasse mais cocaína, decidi partir para o crack. No início, tinha medo de ficar como os mendigos que aparecem na televisão. Misturava crack com maconha pensando que assim o cigarro ficaria mais fraco. Um mês depois, já estava na droga pura. Como meu pai tinha crédito na cidade e todos me conheciam, conseguia dinheiro com facilidade. Quando perdi o crédito, me bateu um desespero e aceitei ser internado. Desde então, venho tentando largar a droga, mas com recaídas. A última foi há seis meses. Independentemente de quantos tombos a droga me deu, preciso me levantar e tentar de novo."
Thiago Pires de Camargo, administrador de empresas de Santa Bárbara d’Oeste (SP), 30 anos, longe do crack há seis meses

quarta-feira, julho 13, 2011

"SOU UM ADICTO?"

Só você pode responder a esta pergunta.

Isto pode não ser fácil. Durante todo o tempo em que usamos drogas, quantas vezes dissemos “eu consigo controlar”. Mesmo que isto fosse verdade no princípio, não é mais agora. As drogas nos controlavam. Vivíamos para usar e usávamos para viver. Um adicto é simplesmente uma pessoa cuja vida é controlada pelas drogas.

Talvez você admita que tenha problema com drogas, mas não se considere um adicto. Todos nós temos idéias preconcebidas sobre o que é um adicto. Não há nada de vergonhoso em ser um adicto, desde que você comece a agir positivamente. Se você pode se identificar com nossos problemas talvez possa se identificar com a nossa solução. As perguntas que se seguem foram escritas por adictos em recuperação em Narcóticos Anônimos. Se você tem alguma dúvida quanto a ser ou não um adicto, dedique alguns momentos à leitura das perguntas abaixo e responda-as o mais honestamente possível.


Alguma vez você já usou drogas sozinho? [ Sim ] [ Não ]


Alguma vez você substituiu uma droga por outra, pensando que uma em particular era o problema? 
 [ Sim ] [ Não ]


Alguma vez você manipulou ou mentiu ao médico para obter drogas que necessitam de receita? 
 [ Sim ] [ Não ]


Você já roubou drogas ou roubou para conseguir drogas? [ Sim ] [ Não ]


Você usa regularmente uma droga quando acorda ou quando vai dormir? [ Sim ] [ Não ]


Você já usou uma droga para rebater os efeitos de outra? [ Sim ] [ Não ]


Você evita pessoas ou lugares que não aprovam o seu consumo de drogas? [ Sim ] [ Não ]


Você já usou uma droga sem saber o que era ou quais eram seus efeitos? [ Sim ] [ Não ]


Alguma vez o seu desempenho no trabalho ou na escola foi prejudicado pelo seu consumo de drogas?
 [ Sim ] [ Não ]


Alguma vez você foi preso em conseqüência do seu uso de drogas? [ Sim ] [ Não ]


Alguma vez mentiu sobre o quê ou quanto você usava? [ Sim ] [ Não ]


Você coloca a compra de drogas à frente das suas responsabilidades? [ Sim ] [ Não ]


Você já tentou parar ou controlar seu uso de drogas? [ Sim ] [ Não ]


Você já esteve na prisão, hospital ou centro de reabilitação devido a seu uso? [ Sim ] [ Não ]


O uso de drogas interfere em seu sono ou alimentação? [ Sim ] [ Não ]


A idéia de ficar sem drogas o assusta? [ Sim ] [ Não ]


Você acha impossível viver sem drogas? [ Sim ] [ Não ]


Em algum momento você questionou sua sanidade? [ Sim ] [ Não ]


O consumo de drogas está tornando sua vida infeliz em casa? [ Sim ] [ Não ]


Você já pensou que não conseguiria se adequar ou se divertir sem drogas? [ Sim ] [ Não ]


Você já se sentiu na defensiva, culpado ou envergonhado por seu uso de drogas? [ Sim ] [ Não ]


Você pensa muito em drogas? [ Sim ] [ Não ]


Você já teve medos irracionais ou indefiníveis? [ Sim ] [ Não ]


O uso de drogas afetou seus relacionamentos sexuais? [ Sim ] [ Não ]


Você já tomou drogas que não eram de sua preferência? [ Sim ] [ Não ]


Alguma vez você usou drogas devido a dor emocional ou “stress”? [ Sim ] [ Não ]


Você já teve uma “overdose”? [ Sim ] [ Não ]


Você continua usando, apesar das conseqüências negativas? [ Sim ] [ Não ]


Você pensa que talvez possa ter problema com drogas? [ Sim ] [ Não ]

Sou um adicto? Esta é uma pergunta que só você pode responder. Descobrimos que todos nós respondemos “sim” a um número diferente de perguntas. O número de respostas positivas não é tão importante quanto aquilo que sentíamos e a maneira como a adicção tinha afetado nossas vidas.

Algumas destas perguntas nem ao menos mencionam drogas. A adicção é uma doença traiçoeira que afeta todas as áreas de nossas vidas, mesmo aquelas que a princípio não parecem ter muito a ver com drogas. As diferentes drogas que usávamos não eram tão importantes quanto os motivos pelos quais usávamos ou o que elas faziam conosco.

Quando lemos estas perguntas pela primeira vez, assustou-nos pensar que poderíamos ser adictos. Alguns de nós tentaram livrar-se desses pensamentos dizendo:

“Ora, essas perguntas não fazem sentido.”


Ou

“Eu sou diferente. Eu sei que tomo drogas, mas não sou um adicto. O que tenho são problemas emocionais/familiares/profissionais.”


Ou

“Eu estou apenas passando por uma fase difícil.”


Ou

“Eu serei capaz de parar quando encontrar a pessoa certa/o trabalho certo, etc.!”

Se você é um adicto, precisa primeiro admitir que tem problema com drogas antes de fazer qualquer progresso no sentido da recuperação. Estas perguntas, quando respondidas honestamente, podem lhe mostrar como o uso de drogas tem tornado sua vida incontrolável. A adicção é uma doença que, sem a recuperação, termina em prisão, instituições e morte. Muitos de nós vieram para Narcóticos Anônimos porque as drogas haviam deixado de fazer o efeito que precisavam. A adicção leva nosso orgulho, auto-estima, família, entes queridos e até mesmo nosso desejo de viver. Se você não chegou a esse ponto com sua adicção, não precisa chegar. Descobrimos que nosso inferno particular estava dentro de nós. Se você quer ajuda, pode encontrá-la na Irmandade de Narcóticos Anônimos.

“Estávamos buscando uma resposta quando estendemos a mão e encontramos Narcóticos Anônimos. Viemos à nossa primeira reunião de NA derrotados e não sabíamos o que esperar. Depois de assistirmos a uma ou várias reuniões, começamos a sentir que as pessoas se interessavam e queriam nos ajudar. Embora pensássemos que nunca seríamos capazes, as pessoas na Irmandade nos deram esperança, insistindo que poderíamos nos recuperar. Entre outros adictos em recuperação, compreendemos que não estávamos mais sozinhos. Recuperação é o que acontece em nossas reuniões. Nossas vidas estão em jogo. Descobrimos que, ao colocarmos a recuperação em primeiro lugar, o programa funciona. Enfrentamos três realidades perturbadoras:


Somos impotentes perante a adicção e nossas vidas estão incontroláveis;


Embora não sejamos responsáveis por nossa doença, somos responsáveis pela nossa recuperação;


Não podemos mais culpar pessoas, lugares e coisas por nossa adicção. Devemos encarar nossos problemas e nossos sentimentos.

A principal arma da recuperação é o adicto em recuperação.”

Literatura:

1 Narcóticos Anônimos (Texto Básico, página 16).

terça-feira, julho 12, 2011

"O Adicto na Ativa"

Olá meu nome é Davi e estou limpo a 6 anos 6 meses e 10 dias só por hoje, falaremos do dependente químico na ativa. Esse é a pessoa que está fazendo o abuso de álcool e de outras drogas, o real é ter a obsessão que é a idéia fixa por droga, e a compulsão é quando inicia e não consegue parar. Com isso o dependente apresenta uma doença incurável, de decadência física, mental, emocional e espiritual e poderá ter um amargo fim ;- prisão, instituições [ internações em hospitais ] ou a morte.
Antigamente o uso de drogas era um elemento de integração. Utilizada na maioria das vezes por adultos, com objetivos místicos, religiosos, intelectuais ou guerreiros por certos grupos e em certas circunstâncias. A droga estava inserida num momento sócio-cultural, ou seja, a maconha era utilizada no oriente, o álcool no ocidente.
Atualmente o uso de drogas é um elemento de desintegração, ocupando o espaço da intimidade das relações entre a pessoas. A droga não é tratada como assunto de saúde pública e sim como uma questão econômica, visto que a plantação, produção e comércio das drogas ocupam o terceiro lugar na economia mundial.
Uma das formas de entender a drogadição é atribuir à droga como o problema fundamental do dependente, por exemplo - a mídia e alguns especialistas descrevem sobre as drogas de uma forma sensacionalistas. Ficando a falsa impressão que o dependente é um ser que aceita sem critica à droga e que está dominado por um vírus. Com isso fala-se muitos nas drogas e talvez seja essas as formas, cremos inconscientes, mais contundentes de propaganda das drogas. Que poder enfim damos às drogas !!!

A função primordial do uso de drogas na sociedade é, antes de obter o prazer, é o de evitar em pensar, é de não sofrer. O uso de drogas é uma tentativa então de não sentir a dor existencial.

Dizer que as drogas é a causa da deterioração da vida é, no mínimo, uma inversão de valores.É o próprio sistema social que cria uma tendência a proliferação da drogadição.



O dependente não adoeceu porque começou a tomar drogas, mais sim por estar adoecido existencialmente buscou nas drogas uma ‘solução’ ou ‘cura’ para suas feridas mais íntimas.

Agradeço a todos por continuarem acompanhando o desenvolvimento e crescimento do Blog. Fiquem a vontade em comentar ou dar sugestões, conto com vocês!!!

Desejo a todos boas 24 horas só por hoje!!!

domingo, junho 26, 2011

“Usar drogas é viver na escuridão”

Moça em recuperação há 11 meses, após internação por alcoolismo e dependência de maconha, conta sua história na Campanha da Jovem Pan:

“Minha história começa sempre como um conto de fadas: a mocinha mais bela de sua terra(minha mãe) conhece o rapaz com quem ela que ela sempre quis ficar e acabam namorando. Ela ficou grávida, aos 17 anos, e teve que se casar muito cedo.Muito novos, meus pais não conseguiram ficar muito tempo no casamento então a mocinha foi morar fora com a filha, mas a vida precisava ser vivida e conhecida.Então ,eu fui morar com meus avó paternos, que me acolheram e, com eles, morei até os 15 anos.Não conhecia direito as drogas mas conhecia muito bem a palavra NÃO, já era uma menina mimada e tudo que eu queria, eu conseguia.

“A primeira vez que eu experimentei bebida foi com 14 anos, com um amigo e um gole, nossa, odiei, e meu pai descobriu e eu fiquei de castigo um mês.

Com 15 eu fui morar com a minha mãe em outra cidade e já fumava cigarro. Experimentei com amigas também.

A maconha foi com a turma de colégio, a gente “caziou” aula e fomos para a casa dessa amiga para fumar, da primeira vez não senti nada, então eu surgeri que usássemos no outro dia e essa amiga topou.Fumamos no outro dia na casa dela.Nossa no primeiro trago eu não sentia meu corpo direito, dormência, tive vontade muita de rir e não conseguia descer a escada direito. Quando chegamos na casa dela comi tudo que tinha na frente, deu um cansaço enorme e fomos dormir.Fiquei cansada uma semana, cansaço físico e mental. Mas mesmo assim eu continuei fumando mais ou menos 2 meses. Depois eu não quis mais e minha amiga jogou fora.

Voltei para minha terra com 18 anos e lá comecei com a bebida. Uma festinha ali, outra aqui. Passei para faculdade, e já estagiando comecei a namorar um cara mais velho e a gente sempre saía para beber.Nisso eu comecei a acompanhá-lo e a bebida ficou cada vez mais minha companheira, de quinta a domingo.

Acabei com esse namoro e, por causa das drogas meu trabalho também foi “roubado” de mim, pois eu achava mais importante a bebida, uma saída, em vez de ir para o trabalho.

Comecei a freqüentar festas de música eletrônica e com isso o acesso para outras drogas foi ficando mais fáceis.

LSD, bala (ecstasy), comprimido de emagrecer que eu tomava com bebida para ficar elétrica, potenay (anestésico de cavalo injetável), lança perfume, tudo que me deixava louca eu usava.Com isso eu não tinha mais tantas oportunidades de emprego, minha família não fazia parte mais da minha vida, pois eu não queria mais eles perto só queria meus amigos ou namorados usuários.Minha vida era um vazio, uma frustração, escuridão pois na hora da droga eu sempre queria aquela primeira sensação que eu sentia quando eu usei pela primeira vez e com o álcool eu queira ficar alegre ,mas sempre exagerava, e eu achava que eles iam preencher esse vazio e quando isso não acontecia, vinha a depressão que sempre ocorria depois do efeito da droga.

Minha vida ficou sem sentido, tentei me matar algumas vezes, meus ex namorados já me agrediram.E quem me tirou dessa escuridão foi minha família que eu sempre me afastei. Hoje estou de recuperação há 11 meses e ficar sem álcool, sem droga e sem festas e estar do lado da minha família é o maior presente que eu tenho pois hoje eu tenho amigos de verdade, e não traficantes do meu lado, tenho pessoas que me amam e torcem por mim e sei que tenho uma doença incurável, progressiva e fatal que se eu não cuidar posso voltar para onde eu estava e ficar pior ainda.Pois eu não sou diferente do cara que está na rua pedindo esmola para comprar uma garrafa de bebida álcoolica, ou o cara que está fumando crack na rua, a pessoa é diferente mas a doença é a mesma se eu não tratar eu vou para o caixão!

E olha que essa minha história de ‘viveram felizes para sempre’ ainda tem muito para acontecer se eu fizer o que meu Deus quer. Mas, só por hoje, eu sou feliz!